Texto do Emmanuel Brandão
Depois de uma semana muito cansativa de trabalho e mais trabalho, resolvi planejar um sábado especial ao lado da minha namorada. Uma programação bem diferente para comemorar meu quinto ano de namoro. Ela merece. Enquanto trabalhava, pensava como fazer para surpreender e transformar nosso sábado num super sábado.
Tinham várias opções na cidade: festas, teatro, cinema, restaurantes ou algo mais reservado. Terminei optando em seguir uma dica de um amigo virtual e comprei algumas ofertas tentadoras que havia recebido por e-mail.
O desconto era tentador, não pensei duas vezes. Era minha primeira compra nos sites de compra coletiva. Pensei que tava fazendo um grande negócio, realizei logo duas compras: uma hidratação de cabelo para a namorada e uma pizza para saborearmos juntos. Tava crente que tinha resolvido meu problema, mas terminei criando um grande problema. Ela adorou a surpresa, passamos a semana falando da comemoração. Mas infelizmente, não foi nada como havíamos imaginado.
Quando ela chegou ao bendito salão de beleza, terminou ganhando rugas de tanta raiva e tempo de espera. Leu e releu todas as revistas na sala de espera umas três vezes. E olha que a revista mais atual era de 2009. O salão tinha mais gente que no Castelão em dia de clássico. Todo mundo com o papel de desconto na mão. Era gente de todas as idades e classes sociais, parecia praia dia de domingo.
Depois dessa aventura pensei que a noite seria salva com um belo jantar delicioso e apetitoso. Doce ilusão. Até porque todo mundo espera alguma coisa no sábado à noite, nós esperamos muitas: uma mesa desocupar, o garçom atender, a pizza chegar, a conta, o troco. Foi uma noite para testar os limites de paciência. Espero que ela me perdoe, tentei fazer uma programação inesquecível. Mas ela terminou a noite com dor de barriga e eu com dor na consciência.