O resultado do Comunicar deixou muita gente feliz, inclusive eu. A dupla do primeiro semestre arrasou e mostrou que não é porque você é do primeiro semestre que não pode ter êxito em um concurso. O Daniel e João Henrique representaram muito bem a faculdade, mostrando garra e talento. Sorte de principiante? Acho que não! Creio que esse prêmio seja apenas o primeiro de muitos que virão. Andei conversando com o Daniel, além do cara ser gente boa, é muito esforçado, dedicado e inteligente. Como o Potó Publicitário sempre traz alguma entrevista de um profissional renomado, decidimos entrevistar o brilho criativo do primeiro semestre, falando respectivamente de sua conquista. Com essa entrevista esperamos matar a curiosidade de nossos leitores em saber como foi o processo criativo, de onde a dupla veio e pra onde vai daqui pra frente. Espero que essa entrevista também elucide os novos talentos, quando falo disso me refiro a quem está entrando na faculdade agora. Também espero que as respostas do Daniel motivem mais pessoas em busca de seus sonhos.
Sem mais delongas ai vai:
Daniel Silva Barbosa
01 – Por que você decidiu participar do concurso?
Sempre gostei de participar de concursos culturais que rolavam na escola, desde o ensino fundamental e médio. Quando fiquei sabendo do “Festival Nestlé de Novos Talentos”, dei uma olhada no briefing da peça, no site do COMUNICAR, e achei que dava pra logo de cara, entrar num concurso apenas cursando o 1° semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Católica do Ceará. A decisão foi rápida, porque uma semana antes eu tinha decidido largar o emprego numa empresa de comunicação visual. E agora com todo aquele tempo livre, o dia todo em casa sem fazer nada, pensei: tenho que participar do COMUNICAR. Comecei a fazer a peça com a pretensão de ficar entre os cinco primeiros porque o que eu mais queria era poder participar de workshops, palestras, visitar a feira, etc. Consegui, fiquei entre os cinco.
02 – Como surgiu a ideia para o anúncio?
Quando eu ainda trabalhava, surgia uma idéia atrás da outra e eu ia trabalhando essas idéias . Só que quando chegava no final eu acabava não achando muito interessantes. Teve uma que era assim: “Se eu tivesse tomado Nescau Nutri Junior, não teria quebrado tanto a cabeça pra fazer esse anúncio.” Isso porque eu achava impossível tirar alguma coisa mais da cabeça. Dei um tempo, saí do emprego e perguntei na faculdade quem tava afim de participar do concurso comigo e foi aí que surgiu a parceria com o Henrique Brasil. Ele gostou da idéia, mas nem eu, nem ele tinha o conhecimento técnico necessário. Quando mostramos pro nosso professor de introdução a Publicidade, a gente acabou descobrindo que tinha que reformular muita coisa ali e o trabalho tava só começando. Tivemos uma conversa de uns 5 minutos com nosso coordenador, André Nogueira, e foi ali que ele sugeriu fazer algo naquela direção, de que as crianças dão trabalho pra comer e o Nescau Nutri Junior ajudaria as mães nessa tarefa difícil. Mudamos todo o conceito do trabalho anterior e graças a Deus deu certo.
03 – Pra você, um estudante que mal ingressou na faculdade, como é a emoção de ganhar um prêmio tão importante e cobiçado logo de cara?
Foi um choque. A todo momento eu olhava em volta e me perguntava “isso tá acontecendo comigo mesmo?”, eram flashes, entrevistas, abraços, tudo muito louco.
04 – O que te levou a fazer Publicidade e Propaganda?
Na verdade, eu pretendia fazer Design, porque sempre gostei de desenhar e já trabalhava em programas como CorelDraw, Photoshop, Flash, etc. Surgiu o lance do ProUni e acabei ganhando a bolsa pra cursar Publicidade e Propaganda na Faculdade Católica do Ceará.
05 – Qual a dica que você dá para as pessoas?
Para os meus colegas de faculdade, o que posso dizer é que se eles têm boas idéias, façam parcerias com outros alunos porque como aconteceu comigo e o Henrique Brasil, meu parceiro no trabalho da Nestlé, pode acontecer com qualquer outro. Às vezes, fica difícil encontrar alguém que esteja a fim de participar de um concurso destes, porque a galera acha que é cedo pra começar e eu penso diferente. Começando agora a gente vai ganhando experiências, evoluindo a cada trabalho e isso é muito legal.
06 – O que você achou do apoio da Faculdade e do Coordenador à respeito do COMUNICAR?
Por meio da Faculdade que soube sobre o Comunicar. E se não fosse o apoio da Faculdade, teria sido muito difícil. Como eu sabia que ia ter toda uma estrutura da Católica no evento aumentou mais a vontade de participar do evento. Quanto ao coordenador, André Nogueira, ele foi de vital importância na conquista desse prêmio, incentivando a criação da peça. Antes do evento acontecer, ele havia dado uma palestra na Faculdade e achei muito interessante sua carreira, prêmios, trabalhos e etc. É MAIS ou menos aquilo que eu quero pra mim.
07 – Quais são os planos daqui pra frente?
Estudar muito. Não é porque o prêmio veio que eu devo achar que está tudo bem, que sou o Bam-bam-bam. Tem que ter o pé no chão e tenho muita coisa pra aprender, afinal de contas ainda sou do primeiro semestre e tenho toda um ciclo de 4 anos pela frente. Tenho que agarrar as chances. É como um cantor que aparece na mídia com um belo de um primeiro cd e depois não consegue emplacar mais nada a partir do segundo, acaba caindo no esquecimento e some. Por isso, o negócio é preparar a bagagem, e quando falo bagagem é a de conhecimento.
Valeu Potó Publicitário!