Um ano e muitas histórias.

Por Emmanuel Brandão

2010 foi um ano muito agitado. Tivemos eleições, terremotos, Copa do Mundo, atentados e até invasão no Complexo do Alemão, onde finalmente a paz venceu o tráfico. A Hebe deixou o SBT e foi pra Redetv. O Faustão ficou mais magro. A terra tremeu no Haiti. Devido à crise no banco Panamericano, Sílvio Santos quase volta a ser camelô.

Logo no primeiro dia do ano, um deslizamento de terra em Angra dos Reis, causou a morte de 53 pessoas. No centenário do Corinthians, Ronaldo fez muito mais propaganda que gols. Quem ficou mesmo com a fama de matador foi o goleiro Bruno, do Flamengo. O atleta foi acusado pelo desaparecimento da ex-amante Eliza Samudio. Segundo relatos, o corpo da modelo não apareceu porque foi devorado por cachorros. Essa novela ainda não acabou e provavelmente não terá um final feliz.

Já os meninos da vila deram o show que a seleção ficou devendo na Copa. Robinho, Ganso e Neymar chamaram atenção com seus gols, comemorações, polêmicas e títulos. O Santos sagrou-se campeão Paulista e da Copa do Brasil.

O ano também foi marcado pelos escândalos, acusações e calúnias no duelo político. Principalmente na disputa do segundo turno entre os candidatos a presidente: José Serra e Dilma Rousseff. Mas um candidato que não aguenta levar uma bolinha de papel não teria gás para administrar um país complicado como o nosso. Tiririca arrancou muitas gargalhadas e votos. O palhaço cearense foi o Deputado Federal mais votado no Brasil. Para assumir, Tiririca provou que sabe ler e escrever. Ele só não aprendeu a interpretar.

Diferente do Dunga, Lula saiu do cargo com a bola cheia e ainda deixou uma mulher para tomar conta do Brasil. Nunca na história desse país, o Brasil cresceu tanto como nos últimos 08 anos. Ordem e progresso para todos. Mesmo assim não podemos deixar de citar que as obras da Copa do Mundo de 2014 estão mais devagar do que o trânsito em São Paulo. Tenho certeza que a maior vitória para o povo brasileiro será realizar o evento. Só assim podemos virar um país campeão.

A Argentina mostrou que não tem preconceito e foi o primeiro país a liberar o casamento gay na América do Sul. Maradona mesmo sem jogar chamou mais atenção do que Messi na África do Sul. A seleção do Dunga não brilhou e nem encantou. Resultado: mais uma vez ficamos nas quartas-de-final. Sem brilho e sem brio, o time não fez nenhuma grande partida e voltou pra casa quando levou uma virada do time holandês. A Espanha levou o título pela primeira vez na história.

O mundo todo vibrou com o americano Timothy Ray Brown, primeira pessoa do planeta a se curar do vírus da AIDS. O resgate dos 33 mineiros chilenos também marcou a humanidade, rendendo mais audiência que os reality shows, que continuam sempre sem graça, mas ainda dão muito o que falar.

As curvas da Jabulani só não divertiram mais do que as da estudante Geisy Arruda. O vidente, o polvo Paul, não errava um resultado. Diferente do pé frio Mick Jagger, que assistiu vários jogos e não comemorou uma vitória. Nas quadras de vôlei, Bernardinho só perde quando quer. A seleção conquistou o tricampeonato na Itália, mas a conquista foi marcada pela derrota forçada para a Bulgária. Tudo planejado para o Brasil pegar um caminho mais fácil.

O cinema brasileiro continua evoluindo. Os filmes espíritas foram assistidos por milhões de almas vivas. Mas Tropa de Elite 2 foi a produção do ano. O roteiro mostra a dura realidade brasileira e bateu recorde de bilheteria nacional.

César Cielo fechou o ano ganhando mais medalhas em Dubai, o atleta parece um submarino. A Ferrari mais uma vez colocou um brasileiro para trás. No GP da Alemanha, a equipe vermelha informou a Felipe Massa que seu companheiro, Fernando Alonso, estava mais rápido na pista. Mesmo com o jogo de equipe, o título do mundial foi entregue mais uma vez para um alemão: Sebastian Vettel da Red Bull voou nas pistas e virou o campeão mais novo da história.

Desejo que 2011 seja tão bom para a gente como foi o final do ano para os parlamentares que, no apagar das luzes de 2010, concederam um pequeno aumento de 61% como presente de natal.

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